Entidades de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, como ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campos), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e SINDIVAREJO (Sindicato dos Varejistas) emitiram uma nota, nesta quinta-feira (27), reivindicando a presença dos Guardas municipais para orientar o trânsito da cidade.

De acordo com o comunicado, trafegar pelas principais ruas e avenidas que cortam o município está cada dia mais difícil. O volume de veículos, motocicletas, ciclistas e até carroça de atração animal estariam contribuindo para este caos no trânsito.

De acordo com dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no município existem 140.792 carros, 41.437 motos e 13.179 caminhonetes.

As entidades dizem que, para conter as imprudências no trânsito, é cada vez mais necessário a presença de uma Guarda Municipal atuante e orientando os motoristas. De acordo com o vice- presidente da ACIC, Leonardo Castro de Abreu, as obras são necessárias, no entanto, não deveriam acontecer juntas para não dar um “nó” no trânsito. “O ideal seria ter Guarda Municipal para orientar a interdição do trecho, antes de chegar ao local da obra, para evitar os frequentes congestionamentos”, concluiu.

A nota destaca ainda que, para completar o caos, um poste na Avenida José Alves de Azevedo (Beira Valão) caiu, no início da semana, no trecho em frente ao Mercado Municipal, após mais um acidente no trânsito. Segundo o presidente da CDL, Edvar Freitas Junior, os motoristas sentiram à falta de um Guarda Municipal para orientar os motoristas em ruas próximas informando do acidente e desfiando o fluxo de veículos para outras vias públicas, visando evitar congestionamento.

O presidente do SINDIVAREJO, Maurício Cabral, destacou que a Prefeitura e a empresa responsável pela realização das obras de recapeamento deveriam rever o horário para realizar o trabalho. ” O número de veículos no município é muito grande e praticamente não suporta o fluxo. Para piorar, várias vias públicas estão em obra, o que contribuem para engarrafamento no trânsito, e a presença de um Guarda Municipal orientando os motoristas se torna necessário”, disse.

O Vice-presidente da ACIC, Leonardo Castro de Abreu, lembrou ainda que no passado, não muito longe, era visível a presença da Guarda Municipal nas principais ruas e avenidas do município. “Hoje, quando se vê, muitos ficam no interior das viaturas ou simplesmente todos saem na mesma hora para o almoço. Não se observa uma escala no horário do servidor público”, disse. No entanto, ressaltou que os Guardas Municipais precisam atuar orientando e sinalizando e não apenas multando.

Só este ano, segundo dados da própria Guarda Municipal foram aplicadas 1.188 multas por conversão a esquerda, 1.166 infrações por falta do cinto de segurança e 741 multas por uso do celular.

As instituições ACIC , CDL e SINDIVAREJO não são contra a aplicação das multas, mas entende que os Guardas Municipais precisam interagir com a população, orientando e contribuindo para um trânsito mais rápido e seguro, comentou Leonardo.