Garotinho fala em “plano para sabotar” governo Wladimir; líder da base na Câmara critica aprovação da LDO

Para o ex-governador, o plano foi comandado por Rodrigo Bacellar. Em entrevista, o vereador Álvaro Oliveira chamou a aprovação da LDO de "ilegal e esdrúxula"

Por Lyandra Alves

Wladmir
Foto: Reprodução

Após um período de aparente pacificação, o clima na Câmara dos Vereadores de Campos dos Goytacazes voltou a esquentar após a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 em sessão ordinária realizada na última terça-feira (2).

O ex-governador Anthony Garotinho fez declarações polêmicas, alegando a existência de um “plano para sabotar” o governo de Wladimir Garotinho, seu filho, atual prefeito do município. Isso porque o legislativo aprovou o remanejamento de 10% ao orçamento do próximo ano para o executivo, além de outras alterações no texto original encaminhado pelo governo.

“O plano para sabotar o Governo de Wladimir foi comandado pessoalmente por Rodrigo Barcellar.
Uma caravana de vereadores de Campos, liderada por Helinho Nahin reuniu-se com o presidente da ALERJ que coordenou a chantagem contra a administração do município. Esses vereadores que tem 3 secretarias na prefeitura, mais de uma centena de nomeados e contratados, além de outras vantagens impublicáveis, devem entregar os cargos, se não fizeram, o prefeito deve demitir todos ligados a eles imediatamente”, disse Garotinho em suas redes sociais.

Confira:

Durante a sessão legislativa desta quarta-feira (2), a base do governo enfatizou que alterações aprovadas foram construída sem transparência e a presença de debates abertos à sociedade. Por outro lado, vereadores da oposição argumentaram que alguns pontos da LDO precisavam de ajustes e melhorias para atender aos interesses da população de forma mais efetiva.

Em entrevista ao programa Band Notícias, da Band FM Campos, o líder da base na Câmara, Álvaro Oliveira, também questionou as intenções de seus colegas em relação ao atual governo. Perguntado se poderia haver um judicialização referente à votação da LDO, o vereador levantou a seguinte questão: “À quem interessa inviabilizar o governo Wladimir Garotinho, que tanto faz por essa cidade?”

As emendas (da LDO) não foram discutidas para que a população tivesse conhecimento do que estava escrito. Eles vão lá, colocam para que a Câmara Municipal possa remanejar 20% e para que o executivo possa remanejar 10%, no parágrafo 6º. Mas no parágrafo 7º, ele tira esse direito. Ou seja, a Câmara pode remanejar 20% de R$ 36 milhões ao seu bel-prazer e a prefeitura não pode remanejar nem R$ 0,01 sequer. Tem que pedir autorização da Câmara para tudo. As coisas vão ficar extremamente burocráticas, inviabilizando o governo, caso prossiga essa sessão completamente ilegal e esdrúxula”, completou Álvaro.

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