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Equador define 2° turno das eleições presidenciais marcada por violência

Resultados eleitorais apontam para disputa entre candidata Luísa González e empresário em segundo turno

Por João Viana

Eleições Equador
Foto: Henry Romero – Reuters

Em meio a um dos processos eleitorais mais violentos dos últimos anos, o Equador realizou sua votação para escolher um novo presidente no último domingo (20). No entanto, os resultados iniciais indicaram que um segundo turno será necessário, com Luísa González, candidata apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, e Daniel Noboa Azin, empresário e filho de um dos maiores bilionários do país, como os principais concorrentes.

De acordo com os números disponíveis até o momento, com 92% das urnas apuradas:

– Luísa González lidera com 33,29% dos votos;

– Daniel Noboa Azin ocupa o segundo lugar, com 23,67% dos votos;

– A chapa de Fernando Villavicencio, candidato que foi assassinado durante um comício eleitoral, segue em terceiro, com 16,51% dos votos.

A campanha eleitoral deste ano ficou marcada pelo assassinato do candidato Fernando Villavicencio, um jornalista investigativo que foi morto a tiros durante um comício em Quito no início de agosto. Um grupo criminoso associado ao tráfico de drogas reivindicou a autoria do crime, mas a Promotoria do país continua investigando o caso, que trouxe uma onda de violência sem precedentes à atenção global.

O substituto de Villavicencio, Christian Zurita, compareceu à seção eleitoral com um rigoroso esquema de segurança, utilizando capacete e colete à prova de balas. Com 92,8% das urnas apuradas, Zurita ocupava o terceiro lugar, com 16,5% dos votos. Embora as cédulas ainda trouxessem o nome de Villavicencio, os eleitores foram informados nas seções eleitorais que o voto seria direcionado a Zurita.

O segundo turno da eleição está programado para o dia 15 de outubro, e o vencedor assumirá o governo em 30 de novembro, seguindo o cronograma estabelecido pelo órgão eleitoral.

Fonte: G1

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