Um empresário foi preso, nesta segunda-feira (19), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, por agentes da 79ª DP (Jurujuba), suspeito de mandar matar um homem com quem manteve um relacionamento amoroso.
De acordo com as investigações, Cláudio Rodrigues de Oliveira Bastos teria encomendado o assassinato de Yoran Tairik Guimarães Costa para que esse envolvimento, que ocorreu quando ambos eram casados, não fosse descoberto.
“O que nós sabemos é que existe uma motivação por trás de tudo isso. A motivação foi ocultar um relacionamento anterior tido entre a vítima e o senhor Cláudio, que agora está preso”, disse Renata Neme, promotora do Ministério Público do Rio (MPRJ).
O crime aconteceu no dia 11 deste mês, num ponto de ônibus no bairro Rio do Ouro. Yoran foi atraído até o local por uma falsa promessa de emprego. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a vítima foi morta e a fuga do assassino — que é procurado pela polícia — num ônibus.
“A investigação demonstrou um grande alinhamento entre o encontro marcado e as imagens do crime. A vítima deveria esperar no local a chegada de em veículo Honda Cinza, às 6:30 da manhã do dia 11. Toda a dinâmica da execução, que nos analisamos a partir dos diversos vídeos, demonstra que executor chegou uma hora antes da vítima, falando todo o tempo ao celular”, disse o delegado Leonardo Borges, titular da 79ª DP.
Segundo ele, ao longo da investigação a polícia obteve prints de conversas entre o suspeito e a vítima, desde julho, para tratar da falsa oferta de emprego e a marcação do encontro: “O local foi especialmente escolhido, pois é um ponto dois metros abaixo da pista principal. Além disso, existem comprovação de diversas transferências bancárias entre o suspeito e a vítima ao longo de meses”.
Prisão foi essencial, diz promotora
De acordo com Renata Neme, a prisão de Cláudio foi essencial porque, segundo as investigações, ele tentou eliminar provas:
“Ele eliminou diversas mensagens no próprio celular, apagou o contato da própria vítima, do próprio Yoran. Houve subtração mediante ameaça, ou seja, houve roubo do celular da esposa da vítima, que tinha todas as conversas ali e felizmente passou para a polícia. Houve também a subtração do celular da própria vítima após o ato de execução. Então a gente sabe que existe, sim, o risco de algumas provas terem sido perdidas”.
A promotora citou que um dos temores é “que a própria testemunha-chave desse delito seja de certa forma ameaçada, seja silenciada”.
“Então, diante de tudo isso, nós entendemos por bem requerer a prisão temporária do senhor Cláudio, já que todos os elementos levam inequivocamente à autoria dele como mandante do crime. E nós precisamos ainda colher alguns elementos e também chegar até a identidade do executor e, para isso, nós contamos inclusive com o auxílio do público”, afirmou ela.
Fonte: EXTRA