‘Vou buscar justiça por ela’, diz pai de Heloísa, menina de 3 anos que morreu após ser baleada por agente da PRF

Heloísa dos Santos Silva morreu após nove dias de internação no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias

Por Lyandra Alves

Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo e Reprodução

O gerente de farmácia Willian da Silva, de 28 anos, tenta reunir forças para reerguer família destroçada pela morte da caçula Heloísa dos Santos Silva, de 3, ocorrida a manhã de sábado, depois de nove dias de internação no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele acha, inclusive, que vai precisar recorrer à ajuda de psicólogos.

O pai, ainda abalado, não sabe quando vai conseguir retomar a vida normal. Mas tem uma certeza: não vai deixar passar impune a perda da filha, que completaria 4 anos daqui a menos de um mês e meio, no dia 31 de outubro.

“Está sendo muito doloroso. Mas vou buscar justiça por ela. Era uma criança sensacional que perdi por causa do despreparo de um policial rodoviário federal. Nada vai trazer minha filha de volta, mas o que eu puder fazer para que tenha justiça eu farei até o fim da minha vida. Prometi isso a ela”, disse ele, que ainda analisa com os advogados as medidas judiciais que pretende tomar.

O sepultamento da menina foi no domingo. Heloísa foi baleada no último dia 7 de setembro, quando um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) efetuou um disparo em direção ao carro em que ela estava, no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão dos três agentes envolvidos na ação, que foi negada nesta segunda-feira, pelo juízo da 1ª Vara Federal Criminal. A decisão deixou Willian indignado:

“Nada vai trazer a vida da minha filha de volta. Mas quem matou ela tem de pagar. Tem de haver a responsabilização dos policiais que numa atitude covarde tiraram a minha filha de mim e da sua família. A prisão deles é o mínimo que se espera”, cobrou o pai da criança.

Fonte: EXTRA

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