STJ autoriza quebra de sigilos do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro

A decisão ocorre no âmbito do inquérito que apura desvio de recursos, propina e fraude em licitação de contratos entre os anos de 2017 e 2020

Por Daniel Carlos

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Raul Araújo, autorizou a quebra de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de mais seis pessoas nesta quarta-feira (20/12), a pedido da Polícia Federal (PF). As informações são do jornal O Globo e o processo corre em sigilo.

A decisão ocorre no âmbito do inquérito que apura desvio de recursos, propina e fraude em licitação de contratos entre os anos de 2017 e 2020.

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta, mandados de busca e apreensão na Operação Sétimo Mandamento. Foram encontrados um total de R$ 128 mil e US$ 7,5 mil em espécie na casa do presidente do Conselho de Administração da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio), Vinícius Sarciá Rocha, ele é irmão de consideração de Cláudio Castro.

Também foram apreendidas diversas anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.

A Operação Sétimo Mandamento

A Operação Sétimo Mandamento investiga possíveis fraudes em programas assistenciais do estado. “Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”, afirmou a PF.

Além de Vinícius, também sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae. Os nomes foram revelados pelo Blog da jornalista Andréia Sadi do portal g1. Cláudio Castro não é alvo de buscas nesta quarta, mas é investigado.

O governador Cláudio Castro divulgou a seguinte nota:

“A operação deflagrada nesta quarta-feira não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019. Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente. Por fim, o governador reitera a confiança plena na justiça brasileira.”

Com informações de Metrópoles e g1

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