A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, orienta a população para que fique atenta e evite contato direto com o carrapato do gênero Amblyomma sculptum, mais conhecido como carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. A pasta vem intensificando o trabalho de controle da doença, causada pela bactéria do gênero Rickettsia rickettisii, capacitando os profissionais da rede pública de saúde e conscientizando os munícipes.
O município tem atualmente quatro casos de febre maculosa, sendo dois deles com evolução para óbito: um adolescente de 13 anos, morador de Goitacazes, e um homem de 37 anos, que residia na localidade de Santo Amaro, na Baixada Campista. Também há um óbito em investigação de um adulto, do sexo masculino, de 59 anos, morador de Babosa. Em 2023 foram confirmados oito casos da doença, sendo que quatro evoluíram para óbito.
“A Vigilância está fazendo treinamentos com as equipes da nossa rede para estarem cada vez mais atentas aos sinais e sintomas dos pacientes suspeitos e, com isso, pretendemos aumentar a sensibilidade da nossa vigilância, fazer o diagnóstico preciso e instituir o tratamento adequado”, disse o diretor da subsecretaria, o infectologista Rodrigo Carneiro.
ORIENTAÇÃO
A orientação da Vigilância em Saúde é para que pessoas que morem em Local Provável de Infecção (LPI) usem macacão ou calça e camisa de mangas longas, de preferência na cor clara, facilitando a visualização de carrapatos, além disso, utilizem fita adesiva prendendo a bainha da calça ou macacão com a bota, impedindo a entrada dos parasitas.
No caso de encontrar carrapato fixado à pele, o médico recomenda não espremer com as unhas para que não haja contaminação. O ideal é retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça que deverá prender o aparelho bucal e não o corpo do parasita.
SINTOMAS
Os principais sintomas da febre maculosa são febre alta, dores de cabeça intensas, dor muscular e articular, dor abdominal, diarreia, exantema e alterações na urina, que pode ficar mais concentrada. Eles costumam aparecer entre dois e 14 dias após a picada do carrapato infectado. Entre os animais que podem hospedar a bactéria estão cavalos, capivaras, marsupiais (gambá) e cães que circulam em região com infestação e transportando o carrapato-estrela infectado.
“O tempo entre a picada e o início dos primeiros sintomas varia de dois a 14 dias, com média de sete dias. Quando não tratada, a letalidade da doença pode passar de 80%. Portanto, se houver contato com carrapatos e se apresentar algum dos sintomas descritos, deve-se procurar imediatamente atendimento médico, para que exames mais detalhados possam ser feitos, tentando a identificação da doença”, concluiu Rodrigo Carneiro.
Fonte: PMCG