Uma oportunidade de quitar dívidas e sair do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), o Feirão Limpa Nome foi iniciado nesta quarta-feira (6), em Campos dos Goytacazes, com movimento intenso. O evento segue até sexta-feira (8) no Instituto Federal Fluminense (IFF) – Campus Centro, das 9h às 16h, reunindo diversas empresas credoras dispostas a negociar dívidas com condições especiais e facilitadas. A expectativa é que o número de atendimentos ultrapasse o registrado no ano passado.
A iniciativa é do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), com apoio da Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Procon, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“A expectativa é das melhores. No ano passado a gente participou também e a gente viu a demanda altíssima nos três dias. Aqui é um lugar mais amplo, mais arejado, mais confortável, e acho que é por isso que a gente vai atender melhor a população, as pessoas que precisam, além de ser um ato de importância para as pessoas poderem ter seus nomes prontos para comprar. Natal está chegando, tem o Black Friday também chegando aí no final deste mês, então, a gente está aqui com as melhores expectativas e pronto para atender a população”, disse o secretário municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, Carlos Fernando Monteiro.
A chefe do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Campos dos Goytacazes, Lívia Salles, destacou que o Feirão é uma oportunidade de ambas as partes terem seus direitos preservados. “Eu acho de suma importância por conta de ser uma negociação amigável, um consenso. Então, é uma possibilidade de ambas as partes terem seus interesses preservados. Um cede um pouco, o outro também e eles chegam a um bom termo. E o Feirão é a melhor oportunidade do ano para isso. No ano passado foram negociados aproximadamente R$ 2 milhões em dívidas. A gente teve uma média de 700 acordos fechados e a gente tem expectativa de atingir esse patamar ou ultrapassar”, comentou.
Também presente no Feirão, a presidente da Comissão de Mediação da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Campos), Ana Carolina Campista, lembrou que o Feirão também é uma oportunidade de resolver dívidas antes que elas sejam judicializadas. “O Feirão é uma grande oportunidade para que os consumidores consigam organizar sua vida antes do final do ano, renegociam suas dívidas, e a OAB está aqui para auxiliá-los, orientá-los no melhor fechamento desses acordos. Muitas vezes as partes têm uma certa insegurança de fechar o acordo com a empresa, não sabem se aquela proposta ali é a mais adequada no seu caso, por isso que foi feita essa parceria da OAB com o Cejusc. Somos aqui a Comissão do Direito do Consumidor e a Comissão de Mediação no intuito de orientarmos os consumidores a fechar esses acordos”, disse.
Morador do Parque Prazeres, Sebastião Gomes foi um dos consumidores que conseguiram renegociar uma dívida que tinha há quatro anos. “É uma oportunidade muito boa. Consegui resolver uma dívida que estava atrasada há quatro anos. Foi muito bom para mim e ainda tive desconto nos juros”, comentou.
Entre as empresas participantes estão Enel, Oi, Tim, BMG, C6 Bank, Claro, Via Varejo, Itaú, Caixa Econômica Federal, Ativos SA, Bradesco, Águas do Paraíba, Peg Shoes, Acesso Total, Trier, VerTV, Sicredi e Crefaz. Cerca de 55 mil pessoas em Campos estão com o nome negativado no SPC, somando cerca de R$ 32 milhões em débitos não quitados.
Na quarta-feira (6), o economista Sandro Figueredo, perito em economia e finanças e diretor de Economia Solidária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, fez uma palestra ao público sobre Educação Financeira.