A Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes aprovou nesta quarta-feira (27) o Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025. O orçamento foi aprovado por 18 votos a favor e quatro contrários.
O presidente da Casa, vereador Marquinho Bacellar (União Brasil), fez críticas ao projeto aprovado. “A verdade, vocês já sabem. Vocês vão sofrer mais um ano. A verdade é essa. Pelo menos essa LOA é só para o ano que vem. Aí ano que vem tem outra LOA, para vocês sofrerem mais um.”
Apesar da aprovação do orçamento, algumas emendas propostas pelos vereadores Marquinho Bacellar e Helinho Nahim (Solidariedade) foram rejeitadas pela maioria governista. Entre as propostas vetadas estavam a compra de equipamentos como o PetScan (equipamento utilizado no tratamento de Câncer), implementação de ar-condicionado em ônibus, criação do auxílio universitário e a ampliação do transporte universitário.
O líder do governo na Câmara, Juninho Virgílio (Podemos), explicou o motivo da rejeição. “Se votou aqui primeiro a LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que é uma moldura. A peça agora é a LOA. Todas essas emendas foram reprovadas na LDO, por isso se reprovou agora também.”
O vereador Helinho Nahim (Solidariedade) criticou a rejeição de emendas que, segundo ele, beneficiaram diretamente a população. “Já era um absurdo ver pessoas esclarecidas, eleitas pelo povo, votar contra a compra de um aparelho de PetScan. O colega tem o direito de votar do jeito que ele vota, mas é triste ver escolhas que vão contra o interesse popular.”
Marquinho Bacellar, ainda em seu discurso, criticou a maneira como os vereadores da base do governo agem durante as votações. “O dia que eu votar aqui qualquer projeto e em seguida mandar mensagem para prefeito ou para meu líder político, é porque meu voto está contaminado. Quem me colocou aqui foi o povo. Eu tenho que votar pelo povo.”
A LOA prevê um orçamento de R$ 2.805.389.864,62, um aumento de 4,48% em relação a 2024, que teve R$ 2,7 bilhões aprovados. As áreas da Saúde e Educação terão os maiores investimentos, com R$ 895 milhões e R$ 600 milhões, respectivamente. Já o Instituto de Previdência do Município (PreviCampos) contará com R$ 317 milhões.