Vereador Bruno Pezão tem prisão preventiva decretada e está foragido

Os problemas judiciais de Bruno Pezão começaram em 18 de setembro de 2024, quando foi preso em flagrante durante a deflagração da Operação Pleito Mortal, conduzida pela Polícia Civil e pelo GAECO

Por Lyandra Alves

Foto: Reprodução

O vereador de Campos dos Goytacazes (RJ), Bruno Pezão, teve sua prisão preventiva decretada nesta semana pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da cidade. A confirmação foi dada nesta sexta-feira (20) pela 134ª Delegacia de Polícia Civil. A decisão reformou a medida anteriormente tomada pelo Juízo da Custódia no âmbito de sua prisão em flagrante, ocorrida durante a Operação Pleito Mortal. Considerado foragido, Pezão não foi encontrado em nenhum de seus endereços conhecidos.

Os problemas judiciais de Bruno Pezão começaram em 18 de setembro de 2024, quando foi preso em flagrante durante a deflagração da Operação Pleito Mortal, conduzida pela Polícia Civil e pelo GAECO. A operação investigava o assassinato de Aparecido Oliveira de Morais, ocorrido em 19 de julho de 2024, na localidade de Campo Novo. Aparecido havia firmado um acordo político com Diego Dias, principal concorrente de Pezão nas eleições. O assassinato levantou suspeitas de motivação política, considerando o domínio eleitoral da vítima na região. Durante as buscas na residência de Pezão, foram apreendidos R$ 663 mil em espécie, R$ 469 mil em cheques, além de armas, celulares e documentos. A investigação apura se a arma de calibre 380 encontrada em sua casa foi utilizada no crime, já que o mesmo calibre foi identificado nos projéteis que mataram Aparecido.

Dois dias depois, em 20 de setembro, Bruno Pezão passou por audiência de custódia, na qual o juiz validou o auto de prisão em flagrante, mas concedeu liberdade provisória mediante o pagamento de fiança de R$ 90 mil e outras medidas cautelares. Ainda assim, Pezão utilizou suas redes sociais para celebrar a decisão, declarando: “O homem voltou”. Ele retornou à Câmara Municipal em 24 de setembro, onde atribuiu sua prisão a perseguição política e agradeceu o apoio de aliados, como o prefeito Wladimir Garotinho e o deputado Jair.

Pouco antes das eleições municipais, em 3 de outubro, a Polícia Federal realizou uma operação para cumprir mandados de busca em endereços ligados a cabos eleitorais de Pezão, investigados por suspeitas de compra de votos e coação de eleitores. Embora nenhum dinheiro tenha sido encontrado, documentos e celulares foram apreendidos para análise. No mesmo dia, o Ministério Público Eleitoral protocolou uma ação contra Pezão e sua equipe de campanha, acusando-os de abuso de poder político e econômico, além de envolvimento com uma organização criminosa.

Em 16 de dezembro, durante a cerimônia de diplomação dos eleitos, o vereador foi notificado de uma investigação eleitoral que apura irregularidades em sua campanha. O mandado foi entregue no Teatro Municipal Trianon, e Pezão recebeu cinco dias para apresentar sua defesa formal.

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