O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, concedeu entrevista à Band FM Campos para falar sobre o Programa Novas Rotas, uma iniciativa que busca transformar o interior do Rio de Janeiro em um destino turístico estratégico. O objetivo é aproveitar a proximidade com a capital para incentivar turistas a explorarem novas experiências pelo estado, movimentando a economia local e descentralizando o fluxo turístico.

Atualmente, milhões de visitantes desembarcam no Rio de Janeiro todos os anos, mas menos de 10% seguem viagem para o interior. O Novas Rotas quer mudar esse cenário, promovendo roteiros de 1 a 4 dias que partem da capital e percorrem cidades do Norte e Noroeste Fluminense, regiões ricas em cultura, natureza e gastronomia, mas ainda subvalorizadas no turismo nacional.

O programa também tem um forte viés econômico e social, buscando reduzir desigualdades regionais e gerar novas oportunidades para empreendedores locais. A ideia é integrar cultura, natureza e gastronomia em pacotes turísticos atrativos, como já acontece em outros estados.

No campo da cultura e história, cidades como Resende (com seu passado ligado ao Ciclo do Café), São João da Barra (com sua herança portuária) e Itaperuna (famosa por suas festas juninas) terão um papel de destaque. Já no turismo de natureza, o programa aposta no ecoturismo, com a valorização de áreas como o Parque Nacional da Serra da Bocaina e as cachoeiras de Miracema.

A gastronomia também será um atrativo essencial, com a promoção de roteiros focados em queijos artesanais, cachaças de alambique e produtos típicos da região, impulsionando pequenos produtores e a economia criativa.

A proposta do Novas Rotas é, portanto, transformar o turismo no Rio de Janeiro, aproveitando as riquezas do interior para oferecer experiências diversificadas e inesquecíveis aos visitantes. Com isso, a Embratur busca não só ampliar o tempo de permanência dos turistas no estado, mas também garantir que os benefícios econômicos do setor sejam distribuídos de forma mais equilibrada entre as regiões.