MST realiza manifestação em estrada de acesso à Usina Sapucaia em Campos

Segundo o MST, o ato foi realizado com o objetivo de pressionar o Governo Federal a concluir o processo de adjudicação de terras em tramitação no Incra-RJ e destiná-las à reforma agrária; as terras em questão são arrendadas pela Coagro

Por Redação

Foto: Reprodução

Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizaram, na manhã desta segunda-feira (7), uma manifestação na estrada de acesso à Usina Sapucaia, em Campos dos Goytacazes (RJ).

Segundo o MST, o ato foi realizado com o objetivo de pressionar o Governo Federal a concluir o processo de adjudicação de terras em tramitação no Incra-RJ e destiná-las à reforma agrária. As terras em questão são arrendadas pela Cooperativa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Coagro).

Ainda segundo o Movimento, a ação dos Sem Terra do Acampamento 15 de Abril, que vivem há um ano sob lonas às margens da BR-101, faz parte de uma agenda nacional do MST que marca os 29 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás.

De acordo com informações, por não conseguir ocupar as terras, os manifestantes interditaram a ponte de acesso à usina.

A Polícia Militar (PM), policiais da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus e agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) estiveram no local acompanhando a manifestação.

A Coagro se posicionou sobre o ocorrido através de nota: “a cooperativa respeita o direito à livre expressão, mas repudia qualquer tentativa de invasão, ocupação ou bloqueio irregular de áreas produtivas. Ações desse tipo colocam em risco a atividade agrícola, ameaçam empregos e comprometem a segurança de trabalhadores, que atuam de forma regular e legítima. A COAGRO lamenta ainda que o ato tenha impedido o direito de ir e vir de moradores locais, além de impactar serviços e o comércio da localidade. A COAGRO reúne mais de 10 mil pequenos produtores cooperados e gera cerca de 3 mil empregos no Norte Fluminense. As terras objeto de disputa pelo movimento são produtivas, arrendadas legalmente em processo judicial em 2013 pela COAGRO e subarrendadas a produtores cooperados”.

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