Wladimir alerta para impactos econômicos após acidente em plataforma na Bacia de Campos

O prefeito de Campos dos Goytacazes e Presidente da OMPETRO projeta problemas de fluxo de caixa para municípios produtores da região

Por Roberta de Jesus

Foto: Divulgação/Petrobras

O prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ) e presidente da OMPETRO (Organização dos Municípios Produtores de Petróleo), Wladimir Garotinho (PP), se pronunciou nesta segunda-feira (21) sobre os recentes acidentes na Bacia de Campos, entre eles, a explosão seguida de incêndio na plataforma PCH-1 (Cherne 1) na manhã desta segunda-feira (21).

Em meio à preocupação com o estado de saúde dos trabalhadores envolvidos no acidente, prioridade no momento, Wladimir destacou o impactos dos recentes ocorridos para a economia dos municípios produtores de petróleo. “A principal plataforma de produção da nossa bacia já havia sido interditada na semana passada e esses incidentes somados ao tarifaço de Trump, que fez o barril despencar abaixo dos 60 dólares, trará problemas de fluxo de caixa nos próximos meses aos municípios da região. Muita serenidade e sabedoria a todos”, escreveu em suas redes sociais.

A preocupação gira em torno dos royalties do petróleo, repasses feitos com base na produção, no valor internacional do barril (Brent) e na cotação do dólar. Além do acidente em Cherne, a plataforma de Martim Leste foi interditada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na última quarta-feira (16), após fiscalização.

Segundo o secretário executivo da OMPETRO, Marcelo Neves, a paralisação de Martim Leste representa um impacto bem maior nas finanças públicas locais. “Dos dois incidentes, Martim Leste interditada pela ANP na sexta-feira e a explosão de Cherne hoje, a que mais nos impacta é Martim Leste que, se ficar paralisada por 1 mês pode impactar nossos royalties em cerca de 15%”, explicou.

Marcelo também lembrou que o impacto econômico será sentido apenas a partir de junho, já que os repasses são feitos dois meses após a produção. O cálculo dos royalties também leva em consideração a cotação do barril Brent e do dólar. “O Brent já vem caindo nas últimas semanas em decorrência do tarifaço de Trump. O impacto financeiro dessas ocorrências se dará a partir de junho, pois os repasses ocorrem 2 meses após a produção”, concluiu.

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