Polícia Civil avança na combate aos crimes virtuais contra menores com a “Operação Adolescência Segura”

Ação focada em crimes de ódio e aliciamento de jovens pela internet já cumpriu quatro mandados em diferentes estados.

Por Roberta de Jesus

Fonte: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (14), a Polícia Civil deu início à segunda fase da “Operação Adolescência Segura”, voltada para o combate a crimes cibernéticos que envolvem crianças e adolescentes. A ação é liderada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e tem como alvo adolescentes infratores que atuam em plataformas digitais. Até o momento, foram cumpridos quatro mandados de internação provisória nos estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

A operação conta com o apoio do Ciberlab da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A investigação teve início em fevereiro deste ano, após a descoberta de um ataque a um morador de rua, realizado com coquetéis molotov e transmitido ao vivo pela internet.

“Essa ação é fundamental para a proteção dos nossos jovens. A segurança pública é uma prioridade, e estamos investindo mais de R$ 4 bilhões para modernizar nossas forças de segurança. A Polícia Civil está utilizando a tecnologia para enfrentar esses crimes virtuais que afetam a integridade dos nossos filhos”, declarou o governador Cláudio Castro.

Os criminosos alvo da operação fazem parte de uma rede digital que comete diversos delitos, incluindo tentativa de homicídio, incitação ao suicídio, pornografia infantil e apologia ao nazismo. Utilizando plataformas como o Discord, os membros do grupo organizam competições e desafios envolvendo crimes de ódio.

“A ‘Operação Adolescência Segura’ é um marco no combate à criminalidade digital no Brasil, reafirmando nosso compromisso com a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, afirmou Felipe Curi, secretário de Polícia Civil.

Os criminosos se utilizam de técnicas de manipulação psicológica e aliciamento de menores, forçando-os a praticar automutilação, atos violentos e a invasão de dispositivos eletrônicos, além de roubo de dados pessoais, que são usados para fazer ameaças às vítimas.

Compartilhar:

RELACIONADAS

NOTÍCIAS