Carlo Ancelotti completa 66 anos em dia de estreia no Brasil: “Não há presente melhor do que ganhar”

Técnico celebra aniversário e espera classificação para a Copa de 2026 como presente

Por Rodolfo Augusto

Foto: Rafael Ribeiro / CBF

A terça-feira é especial para Carlo Ancelotti. No dia em que completa 66 anos, o técnico italiano fará a estreia como técnico da Seleção no Brasil e pode ganhar como presente a classificação para a Copa do Mundo de 2026.

Para que a festa seja completa, a Seleção precisa vencer o Paraguai, em duelo às 21h45 (de Brasília), na Neo Química Arena, e torcer para o Uruguai ganhar da Venezuela. Assim, o passaporte estará carimbado para o Mundial que será disputado no ano que vem no Canadá, Estados Unidos e México.

´´(A vitória) É o melhor presente que eu poderia ter, não há presente melhor do que ganhar o jogo´´, disse o italiano, em entrevista coletiva.

Nesta data especial, Ancelotti terá a companhia da família, que está no Brasil para acompanhá-lo. Nos últimos dias, também teve a confirmação de que Davide, seu filho, fará parte da comissão técnica da Seleção.

Ancelotti passou a maior parte desses 66 anos imerso no futebol. Primeiro como meio-campista, que teve carreira de sucesso na Itália. Depois, como um treinador multicampeão, reconhecido pelas conquistas em diferentes países. Confira abaixo um resumo do carreira dele por décadas:

Até os 20 anos

Nascido em Reggiolo, na região da Emília-Romanha, no norte da Itália, é filho de família modesta. O pai era agricultor e a mãe, dona de casa.

Estreou como jogador profissional no Parma, com 17 anos, em 1976. Três anos depois, foi contratado para a Roma, despontando para a elite do futebol.

Até os 30 anos

Pela Roma, foi campeão italiano, na temporada 1982-1983, e conquistou quatro vezes a Copa da Itália. Também passou a ter presença frequente na seleção nacional, tendo disputado a Eurocopa de 1988 e a Copa do Mundo de 1986 (na reserva).

Em 1987 se transferiu para o Milan, clube no qual conquistou a Liga dos Campeões dois anos depois.

Até os 40 anos

Aos 31, conquistou a segunda Liga dos Campeões pelo Milan.

Decidiu encerrar a carreira como jogador em 1992, aos 33 anos, devido a lesões crônicas no joelho, um problema que o acompanhou durante boa parte de sua trajetória.

Pouco tempo após pendurar as chuteiras, vira auxiliar de Arrigo Sachi na seleção italiana. Faz parte da comissão técnica na Copa do Mundo dos Estados Unidos, em que perdeu a final para o Brasil.

Em 1995, tem a primeira experiência como técnico, no comando da Reggiana. Ajuda a levar o time para a Série A da Itália e, no ano seguinte, se transfere para o Parma.

Chega aos 40 como técnico da Juventus, já apontado como um dos treinadores mais promissores de sua geração.

Até os 50 anos

Não teve sucesso na Juventus e, duas temporadas depois, é contratado pelo Milan, onde faria história.

Em 2003, conquista sua primeira Liga dos Campeões como técnico. A segunda viria em 2007. Pelo time rossoneri ele ainda conquista a Série A de 2004, o Mundial de Clubes de 2007, a Copa Itália de 2003, entre outros títulos.

Até os 60 anos

Já consolidado como um dos maiores técnicos do mundo, é testado (e aprovado) em dois novos países: na Inglaterra, é campeão nacional pelo Chelsea. Já na França, conquista a liga pelo Paris Saint-Germain.

Porém, o trabalho de maior sucesso é no Real Madrid. Entre 2013 e 2015, ele conquista “La Décima” (10ª Liga dos Campeões do clube), a Copa do Rei e a Supercopa da UEFA.

Na temporada 2016-2017, ele comanda o Bayern de Munique e conquista o campeonato alemão. Assim, alcança títulos nacionais em cinco países diferentes.

Até os 66

Como sexagenário, passa por Napoli, da Itália, e Everton, da Inglaterra. Mas é no Real Madrid que Carleto brilha novamente. De volta ao clube espanhol, ele conquista mais uma Liga dos Campeões e um Campeonato Espanhol.

Depois de tanto sucesso por clubes, aceita o desafio de comandar uma seleção pela primeira vez na carreira e, após longa negociação, fecha com o Brasil.

Fonte: GE

Compartilhar:

RELACIONADAS

NOTÍCIAS