Aluna da rede estadual de SFI apresentou seu primeiro livro na Bienal

Rebeca Andrade, aluna do Ciep 128 Magepe Mirim, de Magé, falou sobre sua obra, ‘Cicatrizes Invisíveis’, no evento literário

Por Sâmela Braga

Foto: Divulgação

Mais um fruto do celeiro de talentos da rede estadual de ensino. Rebeca Andrade, de 16 anos, aluna do Ciep 128 Magepe Mirim, de Magé, apresentou seu primeiro livro, ‘Cicatrizes Invisíveis’, na Bienal Rio 2025, o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país. A estudante falou sobre sua publicação, suas ideias e inspirações.

“Escrevo desde muito nova, mas só agora tive a oportunidade de publicar meu primeiro livro. Sempre gostei muito de ler e acredito que isso despertou em mim a vontade de escrever. Me inspiro muito nas pessoas ao meu redor e nas experiências da vida real, que acabam virando ideias para histórias e personagens”, contou Rebeca, aluna normalista da 2ª série do Ensino Médio.

‘Cicatrizes Invisíveis’ é o primeiro livro de Rebeca, que flutua entre o drama e o suspense. Com 140 páginas, a obra conta a história de Annelise, uma adolescente de Naperville, em Illinois, nos Estados Unidos. Após a perda de sua mãe e a chegada de novas pessoas em sua vida, ela se depara com diversos conflitos familiares e acaba lidando com segredos do passado, que causam muita dor e apreensão na menina.

“A ideia do livro surgiu quando eu tinha 12 anos. Agora, tudo tem sido muito incrível, depois de anos de dedicação. Me considero muito corajosa por vencer vários obstáculos e conseguir publicar minha obra”, afirmou a jovem autora

Na unidade, todos estão empolgados com a publicação de uma de suas estudantes. Prova disso foi a realização de um evento literário na unidade, quando Rebeca pôde participar de um bate-papo literário com a escritora Luciana Mariz. Além disso, a escola lotou cinco onibus para levar os estudantes e professores à Bienal, para que todos pudessem acompanhar este momento tão especial na vida da aluna-escritora.

“Ter uma aluna nossa na Bienal do Livro, apresentando seu primeiro livro, foi uma grande felicidade para toda a comunidade escolar. O mais interessante é que essa vontade dela começou a ser despertada por incentivo de uma professora, também da rede pública. Acho que cada um de nós se sente representado e inspirado a seguir Rebeca. Somos eternos aprendizes, e ela tem nos ensinado que tudo é possível quando acreditamos em nossos sonhos e lutamos por eles”, destacou a professora de Disciplinas Pedagógicas e diretora-adjunta, Sidnéa Coelho de Oliveira Meschken, que tem 45 anos de vida acadêmica, sendo 18 na unidade. 

A Bienal do Livro arrasta multidões e mobiliza gerações a partir de sentimentos muito particulares, além da imaginação, do sonho e da criatividade. Na edição deste ano, em que a cidade do Rio de Janeiro é consagrada como ‘Capital Mundial do Livro’ pela Unesco, o festival será o ápice das comemorações e vai extrapolar o diálogo entre as diferentes narrativas, com diversas ações e imersões pelo conceito literário. O evento acontecerá no Rio Centro, Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, de 13 a 22 de junho.

“É uma felicidade ver uma aluna nossa apresentando sua obra na Bienal. O evento é um grande circuito de literatura, que promove grandes interações com obras e autores. Ler é um portal de oportunidades, é conhecimento ininterrupto, é uma transformação para a cidadania plena. Acima de tudo, ler é garantir as suas próprias escolhas”, afirmou a secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto.

A jovem já tem planos para o futuro, mas, neste momento, quer apenas curtir e levar sua obra para cada vez mais leitores.

“Fico feliz por ter publicado o livro e espero que essa história possa tocar e ajudar quem estiver lendo”, concluiu Rebeca Andrade.

Fonte: PMSJB

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