Três pessoas ficaram feridas num ataque a bomba contra um ônibus, na noite desta quarta-feira, na Avenida Brasil, altura de Costa Barros, Zona Norte do Rio. Uma das vítimas, Eduardo Vieira Pontes, de 61 anos, foi levado em estado grave para o Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. Os outros dois feridos — Luís Silva, de 65 anos, e Elaine Ivo, de 35 — seguiram para a mesma unidade de saúde.
De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, Eduardo e Luís seguem internados em estado estável. Já Elaine recebeu alta médica.
Num vídeo postado numa rede social, uma passageira relata o pânico vivido durante o ataque:
“Olha, está tudo parado, está cheio de polícia. O meu ônibus é aquele ali. Os bandidos tacaram bomba dentro. Explodiram. Tem duas pessoas lá dentro ensanguentadas”.
O ataque ocorreu por volta das 21h. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) foi acionada para o trecho em que o ônibus estava, na pista sentido Zona Oeste, altura da comunidade Joana D’Arc. A corporação informou que bandidos tentavam atear fogo no coletivo e acabaram lançando um explosivo artesanal contra o veículo.
Os PMs encontraram o ônibus com as janelas quebradas e os três passageiros feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 21h38. Equipes do quartel de Guadalupe, com o apoio de agentes do quartel de Irajá, socorreram as vítimas.
Segundo a PM, o policiamento permanece reforçado na região do ataque. A ocorrência foi encaminhada para a 39ª DP (Pavuna).
Em nota, o Rio Ônibus lamentou o episódio e afirmou que “passageiros e rodoviários perderam o direito de ir e vir na cidade do Rio de Janeiro”. O sindicato das empresas de ônibus criticou ainda a política de segurança pública do estado, citando “inação” e ser “escancarada por episódios de violência”:
“O setor que sofria com ônibus incendiados por criminosos, agora é alvo de granada. Passageiros e rodoviários perderam o direito de ir e vir na cidade do Rio de Janeiro. Diariamente, a inação do Estado sobre questões de Segurança Pública é escancarada por episódios de violência extrema. O crime e o medo, infelizmente, viraram rotina, assim como as vítimas têm virado estatística. O Rio Ônibus lamenta profundamente o ocorrido e reforça o apelo para que as autoridades competentes tomem as devidas providências com urgência”.
Fonte: EXTRA