Polícia encontra corpos de criminosos que mataram médicos no Rio

Os traficantes do Comando Vermelho foram executados, após a repercussão do caso, pela própria organização criminosa

Por Lyandra Alves

Foto: Reprodução/CNN

Os corpos dos criminosos que atuaram no assassinato dos três médicos em um quiosque na madrugada desta quinta-feira (5), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, foram encontrados na Gardênia, na mesma região. Na noite do mesmo dia, os traficantes do Comando Vermelho foram executados no Complexo da Penha, na Zona Norte, pela cúpula da facção criminosa, após a repercussão do caso. A informação foi confirmada por fontes da BandNews FM.

Três corpos estavam em um veículo. Em outro carro, a polícia encontrou o corpo de uma outra pessoa.

O Complexo da Penha é dominado pela facção Comando Vermelho. O traficante Wilton Carlos Quintanilha, conhecido como “Abelha”, chefe da organização criminosa, convocou uma reunião com os integrantes do grupo, quando os envolvidos nas mortes dos médicos chegaram a se defender, mas foram executados.

A principal linha de investigação da Polícia Civil apura se um dos médicos foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e por isso o crime aconteceu. A hipótese é de que o alvo era um filho de um dos principais chefes de uma milícia que atua na região de Jacarepaguá, e que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida. Ele é o que aparece com a camisa do Bahia na última foto tirada pelo grupo de amigos, antes do crime.

Um áudio foi interceptado pelos investigadores. A gravação aponta que os criminosos foram avisados da presença de Tailon no estabelecimento.

A ação dos criminosos foi flagrada por câmeras de segurança. As imagens mostram que três bandidos saíram de um carro branco, atiraram contra as vítimas, voltaram para o veículo e fugiram.

Segundo laudo do IML, cada um dos três médicos foi atingido por pelo menos cinco disparos em várias partes do corpo, mas o que matou foi o disparo no coração.

Representantes de forças de segurança fizeram um pronunciamento, nesta quinta-feira(5), após o Ministro de Justiça e Segurança, Flávio Dino, cobrar uma resposta célere das autoridades. O Secretário da Polícia Civil do Rio, José Renato Torres, afirmou que, por se tratar de um homicídio, as investigações não são tão rápidas, mas assegurou que o crime não ficará impune.

Uma fonte da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária confirmou à BandNews FM que o Comando Vermelho recebeu a informação que o miliciano estava no quiosque e deram a ordem de execução. Os criminosos chegaram a comemorar nas redes sociais a morte de Taillon, mas apagaram a publicação após descobrirem que, na verdade, a vítima não era o criminoso.

Uma das vítimas dos assassinatos é irmão da deputada federal pelo Psol de São Paulo Sâmia Bomfim. Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, estava no Rio para participar de um congresso. Ele e outros três profissionais, Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, Perseu Ribeiro Almeida, de 33, e Daniel Sonnewned Proença, de 31 anos, estavam sentados no quiosque no momento do crime. Os corpos foram liberados pelo IML e retirados pelas famílias das vítimas.

Daniel é o único sobrevivente. Ele passou por cirurgia e está internado em estado estável em uma unidade de saúde particular na Zona Oeste.

Fonte: Band News FM Rio

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