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Ataque a hospital em Gaza deixa ao menos 500 mortos; Hamas acusa Israel, que nega autoria

Forças israelenses responsabilizam a Jihad Islâmica pelo atentado

Por Daniel Carlos

Foto: Reprodução

O hospital de al-Ahli na cidade de Gaza foi bombardeado nesta terça-feira (17). O Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, afirmou que ao menos 500 pessoas morreram ou se feriram na explosão. O Hamas acusou Israel de ter feito o bombardeio e declarou, em nota, que o ataque é um crime de “genocídio” e que “revela o lado feio do inimigo e seu governo fascista e terrorista”. Afirmou ainda que a explosão à unidade de saúde “expõe o apoio norte-americano e ocidental à esta ocupação criminosa”. O presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas declarou luto de 3 dias.

As Forças de Defesa de Israel responderam em um comunicado, no qual afirmam que hospitais não são alvos deles. Os israelenses afirmaram que a Jihad Islâmica foi quem atacou o hospital.

Veja abaixo a íntegra da nota das autoridades israelenses:

“A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”.

O QUE É A JIHAD ISLÂMICA

A Jihad Islâmica é um grupo terrorista ligado ao Hamas. A Jihad foi fundada na década de 1980, no Egito por estudantes universitários de Gaza. É considerado um grupo terrorista também pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel. Ao longo do tempo, assumiu ataques suicidas e terroristas e não reconhece a existência do Estado Israelense.

AUTORIDADES CONDENAM

Depois do ataque, representantes internacionais repudiaram o bombardeio. O diretor da OMS (Organização Mundia da Saúde) Tedros Adhanom Ghebreyesus condenou o ataque ao hospital. Apelou à “proteção imediata dos civis e aos cuidados de saúde, e à reversão das ordens de evacuação”.

O Egito também se manifestou a respeito da ofensiva e declarou que o “bombardeio israelense levou à morte de centenas de vítimas inocentes”. O país considerou o ataque às instalações e a alvos civis “uma grave violação do direito internacional e dos valores mais básicos da humanidade”.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o bombardeio “é o mais novo exemplo que os ataques de Israel [são] desprovidos dos valores humanos mais básicos”. 

Na última segunda-feira (16), o Conselho de Segurança da ONU rejeitou a proposta da Rússia que pedia um cessar-fogo humanitário e condenava os ataque. A resolução teve 5 votos a favor, 4 contra e 6 abstenções, incluindo o Brasil.

A proposta de resolução apresentada pelo Brasil para a guerra marcada para votação nesta terça-feira (17) foi adiada. O texto fala em uma “contundente condenação dos ataques terroristas do Hamas”, além de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, liberação dos reféns e permissão para ações humanitárias nas regiões do conflito.

Fonte: Poder 360/g1

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