Um dos nomes especulados para concorrer à Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) nas eleições de 2024, o Deputado Estadual Thiago Rangel (PRTB) confirmou, em entrevista à Band FM Campos, nesta quinta-feira (30), que será candidato a prefeito no município. (Ouça a entrevista completa ao final da matéria)

“Serei candidato a prefeito. O que eu quero é poder contribuir com a cidade. Todos sabem que eu não venho de oligarquias políticas. A minha família não é tradicional da política. Estou tendo uma ascensão política muito rápida, isso é um ponto fora da curva. Isso também me ajuda bastante. Fui eleito vereador e em 1 ano e 8 meses me virei deputado eleito”, afirmou.

Segundo Thiago, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, sigla pela qual ele é filiado e Presidente Estadual no Rio de Janeiro, terá candidato na maioria dos municípios fluminenses.

“Teremos candidatos em quase todos os municípios, para o cargo executivo. Se não for o candidato, será o vice. Por exemplo, em São Francisco de Itabapoana, o PRTB terá um vice do PL”, declarou.

Mandato como deputado

Durante a entrevista, o parlamentar também falou sobre seu primeiro ano, ainda incompleto, de mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Ele foi eleito pelo PODE com 31.175 votos.

“Vou fazer um ano de mandato em fevereiro. Mas tenho me relacionado muito bem com meus pares. Eu até comento com meus colegas ideológicos, de esquerda e direta, que, graças a Deus, a gente se respeita muito independente de ideologia. então, é muito novo e muita responsabilidade, principalmente para nós que somos deputados do interior, para fazer esse interlocução de legislativo com executivo, para levar as demandas que existem no interior.”

Thiago ainda destacou que, tanto ele quanto os demais deputados da região, sempre estão buscando alternativas para atender as demandas dos municípios.

“Aqui para Campos, por exemplo, doei duas UTIs móveis equipadas, por meio de emendas impositivas. Isso dá em torno de R$ 1 milhão. Nós parlamentares, muitas vezes, ficamos de mãos atadas por não termos um cargo executivo. Mas, a gente tem a função de conversar com o governador e explicar as dificuldades e as demandas. Mas o que nós temos em nossas mãos e conseguimos fazer de imediato, são essas emendas impositivas”.

Umas das pautas buscadas pelo deputado junto ao Governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), são as demandas das obras referentes às rodovias estaduais que cortam a região.

“A gente está tendo um transtorno enorme na entrada de Campos. Há pouco tempo, eu fiquei mais de 4h parado na BR para poder entrar na cidade, porque a estrada do ceramista ainda se encontra obstruída, com obras. Então, a gente precisa dar uma solução o quanto antes, para a gente escoar o trânsito”.

Projetos

Presidente da Comissão de Minas de Energia da Alerj, Thiago é um dos autores da Lei 10.111/23, que obriga as concessionárias de energia elétrica a atender às solicitações relacionadas à instalação, modificação ou ampliação de infraestrutura elétrica necessária para implementação de obras públicas ou empreendimentos privados em um prazo máximo de 30 dias, sob risco de multa caso descumprida.

“Estamos tendo um embate muito árduo, porque apesar da gente fazer toda essa pressão em cima das concessionárias de energia elétrica, a concessão é federal. Então, a gente fica limitado para tomar alguma decisão, porque dependemos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)”.

“As dificuldades por falta de energia elétrica são muito grandes, e isso é em todo o estado do Rio de Janeiro, isso não é só no interior. A concessionárias então muito deficitárias, deixando de atender os usuários. É um absurdo o que está acontecendo. A gente está em pleno século 21, e estamos aqui, infelizmente, ainda discutindo falta de energia”.

Thiago também é autor do Projeto de Lei Nº 2210/2023, que busca proibir a utilização de reboques em blitz no Estado do Rio de Janeiro, envolvendo as autoridades de trânsito e segurança, até que seja devidamente regulamentado o Estatuto das Blitz com Utilização de Reboques no âmbito do Estado.

“Nós sabemos que existem contratos e contratos. Por exemplo, a gente não pode utilizar um contrato que é licitado no Detro e fornecer para a prefeitura o mesmo contrato. Eu não posso utilizar um contrato de 13 reboques e 70, 80 e 100 reboques para atender o Detran. Isso é uma fraude e estava acontecendo”.

“O pátio onde vai ficar parqueado os veículos retidos tem que ter cobertura e toda uma estrutura. Nós não tivemos tempo de visitar o pátio da Prefeitura de Campos, mas será que ele tem a licença do Corpo de Bombeiros para funcionar? A irregularidade eu vejo quando passo para ir à Alerj, porque não tem cobertura para preservar o patrimônio que está sob guarda daquele pátio”.