Ainda sem uma definição sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2024, a cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) vive um momento de tensão entre o Poder Executivo, liderado pelo Prefeito Wladimir Garotinho (PP), e o Legislativo, representado pelo Presidente da Câmara, Marquinho Bacellar (Solidariedade). O impasse tem gerado debates acalorados e preocupações sobre o impacto nas ações governamentais e projetos para o desenvolvimento do município.
Nesta quarta-feira (27), o Prefeito Wladimir Garotinho participou de uma audiência pública no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Ele destacou a importância da votação da LOA e expressou sua preocupação com a falta de avanço do processo na Câmara Municipal. O encontro reuniu entidades da sociedade civil organizada, cidadãos campistas, vereadores e representantes do poder público.
“A não votação da LOA é uma covardia com entidades que dependem de recursos para garantir atendimento a centenas de assistidos. Em todo o Brasil é assim: o prefeito apresenta a LOA, os vereadores discutem e, havendo questionamentos, são tomadas as providências para serem sanados. Caso tenham colocações pertinentes, são criadas emendas ao orçamento. Isso é normal. E, na audiência, detalhamos os problemas que surgirão, caso a lei não seja votada, e escutamos instituições e vereadores para, juntos, chegarmos a uma solução, democraticamente”, disse Wladimir.
Por outro lado, o Presidente da Câmara, Marquinho Bacellar, manifestou sua posição quanto à LOA, destacando que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não contempla todas as necessidades do município. Ele argumentou que é necessário revisar e ajustar alguns pontos do orçamento para atender de forma mais abrangente às demandas da população e garantir uma alocação eficiente dos recursos públicos.
“Ainda tem muitos pontos que precisam ser revistos na LOA. Essa não é a opinião só dos vereadores de oposição. Entidades que representam o comércio também acham que mudanças devem ser feitas para atender a população. Seguimos buscando o diálogo para fazer um orçamento justo”, afirmou Marquinho.