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Caso Edson Davi: família realiza manifestação na Praia da Barra no Rio de Janeiro

Familiares e amigos não acreditam na possibilidade de afogamento; buscas pela criança chegaram ao sexto dia nesta quarta-feira (10)

Por Daniel Carlos

Foto: Pedro Ivo/Agência O Dia

Familiares e amigos do menino Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, realizaram uma manifestação, na tarde desta quarta-feira (10), na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, altura do Posto 4, onde a criança desapareceu há seis dias. A principal linha de investigação indica que a vítima se afogou, o que é contestado por sua família.

Durante o protesto, os presentes levaram faixas pedindo o depoimento de pessoas que aparecem em um vídeo de Edson Davi brincando próximo à água no dia de seu desaparecimento. A gravação obtida pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) mostra o menino ao lado de uma bandeira vermelha, o que indica a não recomendação da entrada de banhistas.

Diferentes pessoas ainda levaram cartazes indicando que Davi não tenha se afogado. “Edson Davi está vivo. Ele não se afogou. Ele chama por nós”, diz uma faixa.

O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que descartou a possibilidade de sequestro. A hipótese havia sido levantada pela família, pois a última vez em que Edson Davi foi visto, na última quinta-feira (4), ele estava brincando próximo a barraca do pai com duas crianças e com um homem estrangeiro. Em determinado momento, Edson dos Santos Almeida, pai do menino, precisou desviar sua atenção para clientes e, ao observar seu filho, percebeu ele havia sumido, juntamente com a família de estrangeiros.

Agentes da DDPA analisaram câmeras de segurança da região e constataram que a família argentina deixou a praia sem o menino. O homem prestou depoimento nesta terça-feira (9) e destacou que apenas jogou bola com o menino e seus filhos e voltou para o hotel onde estava hospedado. Ele ainda acrescentou que não viu para onde a criança foi após a brincadeira.

No decorrer da investigação, a hipótese de afogamento foi ganhando mais força, através de gravações que mostram o menino próximo à água e relatos de testemunhas. Uma pessoa contou aos investigadores que viu o menino entrar no mar três vezes enquanto jogava futebol com outra criança e que o pai chegou a chamar sua atenção por isso.

Também em depoimento, um homem que trabalha na barraca da família destacou que pediu que a criança saísse do mar, pois estava revolto e com ondas grandes. Pouco antes do seu desaparecimento, o menino pediu uma prancha de bodyboard emprestada para um barraqueiro, que negou, também por conta das condições da água. Depois, Edson Davi seguiu em direção à barraca dos pais.

Assim como o Corpo de Bombeiros, a DDPA continua com as buscas, com apoio do Serviço Aeropolicial (Saer/Core). A especializada destacou que todos os relatos de crianças semelhantes ao menino desaparecido estão sendo apurados, inclusive com a colaboração de policiais de outras unidades da federação. 

Edson Davi usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.

Fonte: O Dia

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