O gelo é um dos itens indispensáveis durante o verão, pois garante a conservação de alimentos e bebidas que necessitem de temperaturas mais baixas, além de ser usado no consumo de diversas bebidas, como a caipirinha, caldo de cana, refrigerantes, sucos, entre outros. No entanto, é preciso se atentar quanto à procedência do produto, já que o gelo não filtrado (popularmente chamado de escamado) não deve ser ingerido, pois pode estar contaminado por microrganismos.
De acordo com o Departamento de Vigilância Sanitária (Visa) de Campos dos Goytacazes, são registrados muitos casos de intoxicação alimentar causados por água contaminada. Daí a importância em evitar o consumo de gelo não filtrado, seja em casa, em um restaurante ou até mesmo ao pedir algo para beber na rua.
“O gelo próprio para ingestão geralmente possui formato cilíndrico com o centro oco, furado. Ele é produzido com água filtrada, sendo muito utilizado nos bares e restaurantes diretamente nas bebidas, no preparo de sucos, drinks e coquetéis. Já o gelo com formato de escamas ou triturado, é inadequado para ingestão por não ser preparado com água filtrada, entre outras características de higiene relacionadas ao manuseio. Ele é indicado apenas para gelar bebidas em garrafas e latas, serpentinas de chopp e na conservação de alimentos embalados ou pescados. Avalie visualmente o gelo quando for comprar e evite uma possível contaminação. Observe a coloração, o odor e se há sinais visíveis de sujidades”, orienta o departamento.
Quanto à água de coco, a Visa aconselha que o consumo seja diretamente no próprio coco, já que o problema da bebida advém do gelo que é colocado no carrinho, que, por não ser filtrado, pode trazer problemas ao consumidor. Além disso, o ideal é sempre abrir o coco na hora do consumo.
CUIDADOS – A Visa ressalta que a água contaminada é veículo para quase todos os microrganismos e toxinas responsáveis pelas intoxicações alimentares, pois é utilizada em várias etapas da produção do alimento, do processamento ao preparo. E isso inclui o gelo, que também está presente em diversos preparos e bebidas.
A contaminação do gelo acontece de diferentes formas, segundo pontuou o departamento, e pode ocorrer por meio da presença de microrganismos patogênicos presentes em água de má qualidade, equipamentos contaminados ou mesmo no manuseio, através de condições suspeitas de higiene, podendo causar problemas gastrointestinais. Entre os sintomas estão: cólicas, diarreias, febre e náuseas.
“Geralmente, os agentes infecciosos responsáveis por diversas patologias conseguem se desenvolver na água e se espalham, chegando até os indivíduos causando várias doenças, como, por exemplo, infecção por salmonela, leptospirose, cólera, diarreia, esquistossomose, Hepatite A, entre outras. A orientação da Vigilância é sempre consumir o gelo filtrado e, ao comprar bebidas em ambulantes, higienizar a lata antes de abrir”, finalizou.
Fonte: Ascom Campos