Nesta terça-feira (20), a Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) retomou suas atividades legislativas com a realização da primeira sessão ordinária do novo ano legislativo, após o período de recesso. O retorno das atividades não foi marcado apenas por formalidades e discursos de boas-vindas, mas sim por críticas da oposição ao governo, questionamentos sobre CPI da Educação e até mesmo desaprovação às “mãeconheiras”.
Entre os principais alvos das criticas feitas pelos vereadores que compõe a bancada de oposição ao Governo Wladimir Garotinho estão o Instituto Municipal de Trânsito (IMTT) e Transporte e as secretarias de Educação, Ciência e Tecnologia (SEDUCT), Limpeza Pública e de Obras.
De forma irônica, o Presidente da Câmara, Marquinho Bacellar (Solidariedade), destacou que os problemas da cidade parecem que deixaram de ser responsabilidade da prefeitura. “Se você tem buraco na rua em frente à sua casa, é você que tem que tapar. A rua é problema seu. Entulho na rua, o problema também é só da população. O problema hoje da população de Campos, na visão dos baba ovos do prefeito, é a CPI da Educação, que eles querem, a todo custo, impedir”.
Marquinho citou a Comissão Parlamentar de Inquérito em sua fala, pois durante a sessão, vereadores da base do governo questionaram a legitimidade de sua instalação, citando o regimento interno da Câmara.
“Eu entendo que qualquer ato da Comissão de Inquérito é totalmente nula, porque não cabe nem convocação, nem solicitação de documento. É necessário, para a continuação da comissão, trazer para a plenária a prorrogação dos prazos, algo que não está acontecendo”, comentou Leon Gomes (PDT), que, na última semana, protocolou um requerimento cobrando providências quanto a continuidade do trabalho da CPI.
Enquanto os vereadores discutiam questões relacionadas ao município, o parlamentar Anderson de Matos (Republicanos) optou por criticar uma matéria veiculada pelo Portal UOL que tratava sobre o machismo e preconceito sofrido pelas ‘mãeconheiras’ – termo é a junção das palavras mãe e maconheira. “Querem em um braço acender um cigarro de maconha e no outro carregar uma criança pequena, e querem que isso seja a coisa mais natural do mundo”.