Neste Dia Nacional de Enfrentamento ao Fumo, coordenadora alerta para os riscos dos cigarros eletrônicos

O município de Campos conta com o Programa de Controle do Tabagismo, que atualmente conta com 518 inscritos

Por Luana Clara

Foto: Divulgação

O Dia Nacional de Enfrentamento ao Fumo, lembrado nesta quinta-feira (29), foi criado com o intuito de alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Em Campos, a coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Aline Maria de Siqueira Cabral, destaca que o uso do cigarro é fator de risco para muitas patologias crônicas não transmissíveis, como cardiovascular, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), quadros de enfisema pulmonar, bronquite crônica e até cânceres, dentre eles o de pulmão e boca.

Aline aponta, também, para os riscos do consumo dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) (conhecidos como vapes) que, segundo ela, são tão prejudiciais como os convencionais, uma vez que os cigarros eletrônicos podem causar lesões pulmonares, além de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, risco elevado de ter câncer de pulmão e aumento de chance de ter Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), por exemplo.

“Além dos problemas respiratórios, o tabaco está associado a diversas complicações bucais e cardiovasculares, como infartos e tromboses. Todas essas complicações são informadas às pessoas inseridas no programa, que tem mostrado resultados positivos, com 30 pacientes completando o tratamento recentemente”, disse ela, acrescentando que de janeiro até o momento o programa conta com 518 inscritos.

A coordenadora explica que o programa de tabagismo utiliza uma Abordagem Cognitiva Comportamental (ACC), com uma equipe multidisciplinar, incluindo enfermeiros, dentista e um médico para ajudar pacientes a deixarem a dependência do tabaco e dos cigarros eletrônicos, que estão em alta atualmente. As reuniões são semanais e discutem os malefícios do cigarro. O médico realiza avaliações e orienta sobre o uso de adesivos, gomas de nicotina ou suporte medicamentoso para ajudar na abstinência. O tratamento no programa dura cerca de três meses, seguidos por um ano de manutenção, com encontros regulares para garantir que permaneçam livres do vício.

“Uma das nossas abordagens é orientar para que as pessoas em tratamento entreguem seus vapes, independentemente de serem recarregáveis ou não. Isso ajuda a evitar recaídas e também serve como material para palestras em escolas, onde se busca conscientizar adolescentes e jovens sobre os riscos do uso desses cigarros eletrônicos. O vício nos vapes se desenvolve mais rapidamente do que no cigarro comum, e, apesar de parecerem inofensivos por causa dos aromas e da estética, eles causam sérios problemas de saúde, havendo relatos, inclusive, de acidentes físicos, como explosões”, alertou a coordenadora.

‌VALE A PENA PARAR DE FUMAR — Fumante desde os 14 anos de idade, a moradora do Parque Corrientes Débora Ribeiro Mattos, de 52 anos, procurou o programa há um ano para tentar deixar o vício, após enfrentar crises de ansiedade. “Percebi que o cigarro estava prejudicando minha saúde, causando tremores e mal-estar. Me inscrevi no programa e há dois meses iniciei o tratamento. Faço uso do adesivo para ajudar na abstinência e, hoje, me sinto muito melhor, mais calma e confiante”, comemorou.

Fonte: PMCG

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