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Vereador é alvo de operação que investiga homicídio por motivação política em Campos

A operação cumpre oito Mandados de Busca e Apreensão em Campos e um no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP)

Por Redação

Na manhã desta quarta-feira (18), a Polícia Civil, em conjunto com o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público), deflagrou a “Operação Pleito Mortal”, que investiga um homicídio com fortes indícios de motivação política em Campos dos Goytacazes (RJ). A operação cumpre oito Mandados de Busca e Apreensão em Campos e um no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).

As equipes da Polícia Civil realiza buscas em diversos locais, incluindo a residência do vereador Bruno Pezão, no Edifício Vollare, na Pelinca, e em sua casa localizada na Praça São Sebastião. Também há mandados de busca em seu comitê de campanha e na casa de seu assessor Adriano Piedade da Silva, na Rua Álvaro Tâmega, bem como na residência de Raphael Mendonça dos Santos, no Condomínio Gaia, no Novo Jóquei, e na casa de Uelinton Barreto Viana, conhecido como “Hulk”, no Condomínio Splendore.

Investigação de homicídio político

A operação investiga o assassinato de Aparecido Oliveira de Morais, ex-cabo eleitoral, ocorrido no dia 19 de julho de 2024, na localidade de Campo Novo. Aparecido foi morto dentro de seu veículo, alvejado por oito disparos de arma de fogo. No local do crime, foram encontrados dez estojos de calibre .380 e um projétil.

As investigações apontam que Aparecido tinha forte influência política nos colégios eleitorais de Valeta e Venda Nova, ambos em Campo Novo, e, antes de ser assassinado, havia firmado um acordo político com o pré-candidato a vereador Diego Dias, concorrente direto de Bruno Pezão.

Suspeitos

Entre os investigados estão:

Bruno Fernando Santos de Azevedo, conhecido como Bruno Pezão, vereador e candidato à reeleição;

Diego de Souza Maciel, chefe de gabinete de Pezão;

Adriano Piedade da Silva, assessor de Pezão;

Raphael Mendonça dos Santos;

Uelinton Barreto Viana, conhecido como “Hulk”;

José Ricardo Rangel de Oliveira, conhecido como “Ricardinho”, preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, desde 2010.

As autoridades de segurança local já têm conhecimento de que Ricardinho é o chefe do tráfico de drogas nas regiões de Campo Novo e Barcelos, mesmo estando preso há mais de dez anos. Sua possível influência na política local é um ponto central das investigações.

Videoconferência com traficante

De acordo com a investigação, Bruno Pezão realizou um comício em Campo Novo na véspera do assassinato de Aparecido. Durante o evento, Pezão teria projetado em um telão uma videoconferência com Ricardinho, diretamente de dentro da cadeia em Bangu, o que levanta suspeitas sobre a aliança política entre o vereador e o chefe do tráfico. O vídeo da videoconferência está sendo analisado pelas autoridades e pode ser uma peça-chave para a elucidação do caso.

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