Apae Brasil prestigia lançamento dos programas Semear Paradesporto e Maré Inclusiva

Iniciativas promovem a inclusão, a melhoria na qualidade de vida e a autonomia das pessoas com deficiência

Por Rodolfo Augusto

Foto: APAE Brasil

A Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) prestigiou nesta quarta-feira (18), no Ministério do Esporte, em Brasília (DF), o lançamento dos programas Semear Paradesporto e Maré Inclusiva. A entidade foi representada pela gerente Institucional, Luciene Carvalho, e pelo advogado Natan Menezes. O evento fez alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, e teve a presença do ministro André Fufuca, de representantes de instituições, demais autoridades e atletas.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência com dois anos ou mais, representando 8,9% da população nessa faixa etária. Porém, o Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aponta que 75,38% dos municípios brasileiros não oferecem nenhum programa voltado à atividade esportiva para as pessoas com deficiência.

Com a missão de mudar esse cenário, foi construído o Semear Paradesporto e o Maré Inclusiva, iniciativas da Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR) que têm por finalidade promover a inclusão, a melhoria na qualidade de vida e a autonomia das pessoas com deficiência. O público-alvo são pessoas a partir dos seis anos de idade, sendo que 50% das vagas serão reservadas ao público feminino. “São programas pioneiros que visam dar um horizonte àqueles que, por muito tempo, se encontravam à margem da sociedade, à margem das políticas de incentivo, políticas de fomento que existiam”, afirmou o ministro.

Já o secretário nacional de Paradesporto, Fábio Araújo, ressaltou em seu discurso as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Ministério do Esporte e SNPAR, a fim de democratizar o acesso à prática esportiva para as pessoas com deficiência de todas as idades, bem como criar ambientes para a iniciação no paradesporto. Entre os exemplos, enfatizou a importância do TEAtivo, em parceria com a Fenapaes. No total, 2,2 mil pessoas com autismo, entre 6 e 18 anos, de dez municípios da Região Nordeste, serão contempladas com o projeto, que promoverá melhor qualidade de vida, socialização, direito à cidadania e acesso a oportunidades.

“Hoje a gente teve o prazer de lançar o Semear Paradesporto e o Maré Inclusiva, dois programas que visam a inclusão social da pessoa com deficiência por meio do esporte. Agradeço a presença da Fenapaes aqui nesse evento importante, e a parceria da entidade, que provocou a execução do nosso programa TEAtivo para mais de 2,5 mil pessoas com transtorno do espectro autista no Nordeste. E a gente está ansioso também para poder, em parceria com a Fenapaes, implementar núcleos do Semear pelo Brasil inteiro”, destacou Fábio Araújo.

Programas

O Semear Paradesporto, que será executado em parceria com a Fenapaes, tem por objetivo incentivar o acesso à prática esportiva por meio de ações planejadas, inclusivas, educativas e lúdicas.

Essa iniciativa está estruturada em núcleos de atendimento, em que serão oferecidas atividades paradesportivas gratuitas, além da formação de profissionais capacitados para atuar na área, e organizada em dois eixos principais: Formação Esportiva, com oferta de vivência, fundamentos e aprendizagem esportiva para crianças a partir dos seis anos e jovens até 18 anos incompletos; e Paradesporto para Toda a Vida, com oferta de atividade física e de esporte como meio de habilitação, reabilitação e saúde, abrangendo o atendimento a adultos e idosos.

Já o Maré Inclusiva tem o intuito de fazer a inclusão social das pessoas com deficiência, também a partir dos seis anos de idade, por meio da prática do parasurf. O programa oferecerá atividades de surf adaptadas, permitindo assim a participação de uma modalidade esportiva que promove o bem-estar físico, social e emocional. Serão desenvolvidas atividades lúdicas, terapêuticas, de participação e competitivas.

Fonte: APAE Brasil

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