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Bruno Pezão retorna às sessões da Câmara de Campos após prisão e chama ação de ‘perseguição política’

O vereador foi preso em flagrante no dia 18 de setembro, sob suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro

Por Lyandra Alves

Foto: Reprodução/TVCMC

Na sessão ordinária desta terça-feira (24), o vereador Bruno Pezão voltou a ocupar seu assento na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) após ter sido preso em flagrante durante a “Operação Pleito Mortal”. Durante seu retorno, Pezão discursou, atribuindo sua prisão a uma suposta perseguição política e agradecendo ao Prefeito Wladimir Garotinho e ao deputado Jair pelo apoio que recebeu.

“O que fizeram comigo foi perseguição política. Tentaram me atrapalhar, tentaram me parar. Quero aqui agradecer meu Prefeito Wladimir Garotinho pelo apoio que me deu. Agradecer meu deputado Jair pelo apoio que me deu”, declarou Pezão durante seu pronunciamento.

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O vereador foi preso em flagrante no dia 18 de setembro, sob suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro, em meio à investigação de um homicídio com possível motivação política. Ele foi liberado após pagar uma fiança de R$ 90 mil e cumprir outras medidas cautelares, como a proibição de contato com outros investigados e a obrigação de se apresentar periodicamente à justiça.

Em seu discurso na Câmara, Pezão criticou a prisão e se defendeu das acusações. “Uma covardia que fizeram comigo. Eu sou um cara de bem. Acredito muito em Deus, e naquele momento, no primeiro dia [de prisão], eu perguntei a Ele porque eu estava passando por aquilo, e veio aquela tranquilidade. Fiquei dois dias tranquilo”, afirmou.

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O vereador também garantiu que vai provar a origem do dinheiro apreendido em sua residência durante a operação. “Eu não sou essa pessoa que estão querendo me incriminar, querendo dizer que estou fazendo. O que prenderam meu lá eu vou provar que tá tudo no imposto de renda e da onde saiu esse dinheiro. Esse dinheiro é meu. É do meu trabalho”, disse Pezão, em referência ao valor de mais de R$ 1,1 milhão em dinheiro em espécie, além de cheques e notas promissórias apreendidos pela polícia.

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Ele aproveitou o momento para desabafar sobre a repercussão de sua prisão no meio político. “Quando saiu esse resultado que me prenderam, o que deu demais foi vereador em cima que liderança minha dizendo que eu não viria mais e que era para pular. Então, se tão jogando pedra na gente, se tão julgando a gente, é porque tão com medo da gente. As urnas vão dizer, a hora que abrir, a votação que a gente vai ter”, afirmou Pezão, mostrando confiança em seu futuro político.

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Encerrando sua fala, o vereador destacou que sua atuação na política é voltada para a população da baixada campista. “Eu não dependo de política. Eu estou aqui para ajudar o povo da baixada, para ajudar nossa querida cidade”, concluiu Pezão.

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