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Seca no Norte Fluminense faz Lagoa de Cima recuar em Campos

O recuo do espelho d'águada é um dos sinais da estiagem

Por Lyandra Alves

Foto: Reprodução

A Lagoa de Cima, um dos principais pontos turísticos de Campos dos Goytacazes (RJ), está sendo afetada pela seca que atinge o Norte Fluminense. O recuo do espelho d’águada é um dos sinais da estiagem, que preocupa moradores e autoridades locais. Segundo o Boletim Mensal de Segurança Hídrica, divulgado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) na última segunda-feira (23), o Norte e Noroeste Fluminense estão em situação de “seca moderada”, o que já está causando impactos visíveis.

Dados da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) mostram que, de janeiro até agora, choveu 709 mm em Campos. Porém, a maior parte desse volume aconteceu até março, quando foram registrados 359 mm. Desde então, só choveu 80 mm. Em 2023, o total de chuvas foi de 754 mm, mas o que ajudou a minimizar os impactos foi a melhor distribuição das chuvas ao longo do ano, com precipitações ocorrendo em abril, maio e agosto.

Projeto de semiárido

A seca reacendeu o debate sobre o projeto de lei 1.440/2019, que propõe classificar o Norte e Noroeste Fluminense como áreas de semiárido. Se aprovado, nove municípios da região Norte e treze do Noroeste passariam a ter acesso a benefícios como o Garantia-Safra, além de um fundo para apoiar o desenvolvimento econômico dessas áreas.

A expectativa é que o projeto traga soluções para enfrentar a estiagem, que está cada vez mais frequente e prolongada. Com pouca chuva prevista para os próximos meses, a situação pode agravar a crise hídrica na região.

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