A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS), reforça a importância da imunização de crianças contra o sarampo. A preocupação vem em decorrência da confirmação de um caso da doença no estado do Rio de Janeiro, no município de Itaboraí. O fato ocorreu em outubro do ano passado, mas só foi divulgado pela Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES), em fevereiro último.
O menino de 6 anos começou a ter sintomas em 8 de outubro, mas após ações de vigilância e investigação, foi descartada a possibilidade de surto. Isso porque, ao longo de 120 dias, nenhum outro caso foi confirmado no município.
O sarampo é uma doença infecciosa grave, especialmente em crianças, causada por um vírus, que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando o paciente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A transmissão pode ocorrer entre 6 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo. O Brasil recebeu, em 2016, a certificação de país livre da doença. Mas, devido às baixas coberturas vacinais, em 2018 ocorreu a reintrodução do vírus no país.
O assessor técnico de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Leonardo Cordeiro, reforça que a imunização é uma estratégia eficaz de saúde pública, crucial para a proteção individual e coletiva. “Há um esforço nacional para melhorar a vacinação no país, e aqui no município não está sendo diferente, estimulando a população a levar seus filhos aos postos de saúde para manter o cartão vacinal em dia”, destacou Leonardo, informando que, em Campos, no ano passado, foram 20.255 doses aplicadas entre tríplice e tetra viral.
SUSPENSÃO DA DOSE ZERO DE TRÍPLICE VIRAL — O estado do Rio de Janeiro, desde 2019, recomendava uma dose de intensificação da vacina contra sarampo para bebês entre 6 e 11 meses, devido a surtos e baixa cobertura vacinal. Em 2024, como a cobertura aumentou e não há novos casos da doença, a recomendação foi alterada. “Agora, essa dose de intensificação será aplicada apenas em situações especiais, enquanto a vacinação padrão com a tríplice viral continua sendo realizada com 1 ano e 1 ano e 3 meses de idade. Adultos até 59 anos também podem receber a vacina se não tiverem comprovação vacinal, podendo fazer duas doses conforme a faixa etária”, explicou Leonardo.
QUEM PODE TOMAR
– Crianças: A vacinação contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A administração da primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade (tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola) e a segunda aos 15 meses (tetra viral– sarampo, caxumba, rubéola e varicela);
– Pessoas de 5 até 29 anos devem tomar duas doses da vacina com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. A pessoa que comprovar 2 doses da vacina tríplice viral será considerada vacinada;
– Pessoas de 30 a 59 anos de idade devem tomar uma dose da vacina. A pessoa que comprovar 1 dose da tríplice viral será considerada vacinada;
– Trabalhadores da saúde: Devem receber 2 doses de tríplice viral, a depender da situação vacinal encontrada, independentemente da idade. Considerar vacinado o trabalhador da saúde que comprovar 2 doses da tríplice viral.
Fonte: PMCG