Conhecer a origem dos povos originários, dos negros e da colonização na região. Esses foram os objetivos do projeto “AdoleScER no Cinema”, que esta semana fez uma ação com alunos da Escola Municipal José de Azevedo, localizada em Ponta Grossa dos Fidalgos. Através da música de Luedji Luna e do filme de animação “Karma” (meu cabelo é lindo), as crianças tiveram oportunidade de refletir sobre sua origem de classe e raça. O dia encerrou com uma visita de barco à Lagoa Feia. O projeto é realizado pelo Departamento de Serviço Social da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct).
De acordo com a coordenadora do projeto, assistente social, documentarista e servidora da Seduct, Carolina de Cássia, o passeio foi guiado por dois pescadores, sendo que um deles é também pai de um aluno da escola. Dessa forma, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer alguns segredos da lagoa e da pesca. Os pescadores demonstraram como é realizada a pesca, como a de “cutuca” e a pesca de anzol de bóia, ambas artesanais, raras e cheias de segredos.
“As crianças ficaram fascinadas com a imensidão da lagoa. Fiquei muito encantada com a sabedoria e curiosidade da criançada. No primeiro mês, elas realizaram uma excelente pesquisa na comunidade. Descobriram que tinha cinema, onde funcionava, que havia uma banda e um baile chamado ‘chá das dez’ e diferentes tipos de pescaria: mijuada, Tróia, cutuca, anzol de bóia, tarrafa, varinha e molinete. Todas com seus segredos”, contou Carolina.
Em fevereiro deste ano, o “AdoleScER no Cinema” levou os alunos do 4º e 5º anos da José de Azevedo ao cinema. Eles assistiram ao filme Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa, no Shopping Avenida 28. O longa é um filme brasileiro de 2025 baseado na série de histórias em quadrinhos criada por Mauricio de Sousa, produzido pela Biônica Filmes, em coprodução com a Mauricio de Sousa Produções e a Paris Entretenimento, com direção de Fernando Fraiha, que assina o roteiro ao lado de Elena Altheman e Raul Chequer.
O projeto AdoleScER no Cinema nasceu do desejo de ensinar crianças a realizarem seus próprios filmes, contar sua história, serem protagonistas e desenvolver consciência de classe e raça. “Assim, juntei minha experiência como assistente social e documentarista e o projeto aconteceu, com muitos desafios e êxitos. Espero que as crianças acreditem na sua potência e na construção de um mundo mais justo”, concluiu Carolina.
Fonte: PMCG