A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta de reforma tributária, após 35 anos de tentativas sem sucesso. A votação foi histórica, com um placar de 382 votos a favor e 118 contrários, superando o mínimo necessário de 308 votos exigidos para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). No entanto, a proposta ainda precisa passar por um segundo turno de votação.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), fizeram concessões durante o processo de negociação para garantir a aprovação. Essas concessões beneficiaram especialmente o agronegócio e o setor de serviços, resultando em taxações mais baixas para essas áreas.

Num gesto incomum antes da votação, o presidente da Câmara decidiu fazer um pronunciamento no púlpito para rebater as críticas à reforma e solicitar o apoio dos deputados. Ele instou os parlamentares a não serem influenciados por críticas infundadas provenientes de pessoas que nunca estiveram verdadeiramente em favor da reforma. ““Sairemos daqui com a cabeça erguida, vamos escrever os nossos nomes na história”, disse. O PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, orientou a bancada a votar contra.

Aguinaldo Ribeiro, o relator da proposta, declarou que com a votação, o país está focado em olhar para o futuro, independentemente de ideologias políticas. Ele reconheceu que havia margem para melhorias, mas ressaltou que estão fazendo o melhor que podem. Durante seu discurso, ele expressou agradecimentos específicos aos políticos envolvidos nas negociações, mencionando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e os membros da Frente Parlamentar do Agronegócio.

_{*Com informações de Estadão}