Onda de calor na Europa em 2022 causa mais de 61 mil mortes, alerta estudo

Sem ações contra as mudanças climáticas, previsão aponta para aumento alarmante de óbitos até 2040

Por João Viana

Um homem se refresca em uma fonte de água em Trafalgar Square, Londres, durante a onda de calor que assolou o Reino Unido, em julho de 2022, e teve temperaturas recordes no país. — Foto: Reuters

Um estudo publicado na revista Nature Medicine revelou que mais de 61 mil pessoas perderam suas vidas devido ao intenso calor que assolou a Europa durante o verão de 2022. Os pesquisadores também alertaram que, caso medidas efetivas não sejam tomadas para conter as mudanças climáticas, o continente poderá enfrentar uma cifra alarmante de 94 mil mortes devido a ondas de calor até o ano de 2040.

Durante o verão passado, a Europa enfrentou sucessivas ondas de calor, estabelecendo recordes históricos de temperatura, bem como enfrentando secas e incêndios florestais. Para chegar a essas conclusões, os cientistas analisaram dados de temperatura e mortalidade de 823 regiões em 35 países europeus, abrangendo uma população de mais de 543 milhões de pessoas no período de 2015 a 2022.

Com base nesses dados, foram desenvolvidos modelos epidemiológicos capazes de prever o impacto do calor em cada região durante o verão do ano passado. Entre 30 de maio e 4 de setembro de 2022, foram registradas 61.672 mortes atribuíveis ao calor em toda a Europa. Uma única onda de calor especialmente intensa, ocorrida entre 18 e 24 de julho, resultou em 11.637 óbitos.

Esses números alarmantes servem como um chamado urgente para que ações efetivas sejam tomadas no combate às mudanças climáticas. Caso contrário, a projeção de 94 mil mortes relacionadas ao calor até 2040 pode se tornar uma triste realidade para o continente europeu.

Fonte: G1

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