Ignorando o conselho de seu pai, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, o prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), Rodrigo Bacellar, nesta quinta-feira (03).
O encontro aconteceu após a relação entre o executivo e o legislativo do município ter, aparentemente, voltado a ficar conturbada depois da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 em sessão ordinária realizada na última terça-feira (01).
Segundo informações do jornalista Rodrigo Gonçalves do Folha 1, Wladimir garantiu, sem dar muitos detalhes, que a pacificação está mantida. “O encontro aconteceu sim, está tudo em paz. Divergências pontuais fazem parte do percurso, mas estamos no mesmo entendimento”, disse o prefeito.
Entretanto, o pai de Wladimir fez declarações polêmicas, alegando a existência de um “plano para sabotar” o governo de seu filho.
“O plano para sabotar o Governo de Wladimir foi comandado pessoalmente por Rodrigo Bacellar.
Uma caravana de vereadores de Campos, liderada por Helinho Nahin reuniu-se com o presidente da ALERJ que coordenou a chantagem contra a administração do município. Esses vereadores que tem 3 secretarias na prefeitura, mais de uma centena de nomeados e contratados, além de outras vantagens impublicáveis, devem entregar os cargos, se não fizeram, o prefeito deve demitir todos ligados a eles imediatamente”, disse Garotinho em suas redes sociais.
Confira:
Vale destacar que o grupo formado por opositores e pelos chamados independentes, só formou maioria porque o vereador Abdu Neme (Avante), que até então era governista, resolveu votar contra o Governo Municipal.
A LDO aprovada pela maioria dos vereadores limita em 10% o remanejamento permitido para o chefe do Executivo no orçamento do próximo ano, contra 20% para a Câmara Municipal. Em entrevista ao programa Band Notícias, da Band FM Campos da última quarta-feira (02), o líder da base na Câmara, vereador Álvaro Oliveira, questionou as intenções de seus colegas em relação ao atual governo.
“A quem interessa inviabilizar o governo Wladimir Garotinho, que tanto faz por essa cidade? As emendas (da LDO) não foram discutidas para que a população tivesse conhecimento do que estava escrito. Eles vão lá, colocam para que a Câmara Municipal possa remanejar 20% e para que o executivo possa remanejar 10%, no parágrafo 6º mas no parágrafo 7º, ele tira esse direito. Ou seja, a Câmara pode remanejar 20% de R$ 36 milhões ao seu bel-prazer e a prefeitura não pode remanejar nem R$ 0,01 sequer. Tem que pedir autorização da Câmara para tudo. As coisas vão ficar extremamente burocráticas, inviabilizando o governo, caso prossiga essa sessão completamente ilegal e esdrúxula”, declarou Álvaro.