Neymar é do Al-Hilal. O brasileiro fechou hoje (15) com o clube da Arábia Saudita e, após dez anos atuando entre Barcelona e PSG, deixa a elite do futebol europeu pela porta dos fundos.
“Estou aqui na Arábia Saudita. Eu sou Hilal”, Neymar, no vídeo de apresentação
Detalhes da negociação
Os sauditas pagaram cerca de 90 milhões de euros (R$ 482 milhões) ao PSG para ter o atacante de 31 anos em definitivo.
O jogador assinou um contrato de dois anos com o Al-Hilal, que também conta com os brasileiros Michael e Malcom no elenco.
O vínculo gira em torno de 100 milhões de euros (aproximadamente R$ 536 milhões) por temporada. Isso dá, em média, um salário mensal de R$ 44 milhões — excluindo quantias que podem ser embolsadas por patrocínio e acordos comerciais.
Neymar chegou a ser especulado no Barcelona, mas os valores negociados foram bem menores — pouco menos de R$ 7 milhões mensais.
Adeus, PSG
Neymar deixa o PSG depois de uma trajetória repleta lesões, polêmicas e frustrações. Ele chegou a Paris em agosto de 2017 e tornou-se o jogador de futebol mais caro da história: o Barcelona, na época, recebeu 222 milhões de euros (R$ 821 milhões) para liberar um de seus astros.
A primeira temporada foi a mais artilheira: Neymar marcou 28 gols em 30 jogos oficiais disputados com a camisa do PSG. O bom desempenho acabou interrompido por uma fissura no pé direito, que o deixou fora de combate por três meses.
Em 18/19, o brasileiro ganhou a sombra de Mbappé: o então jovem de 19 anos se consolidou na equipe e marcou impressionantes 39 gols em 43 jogos, ensaiando uma idolatria por parte dos torcedores franceses. Neymar, viu novamente uma contusão no pé direito atrapalhar a sequência e fechou a sessão dando um soco em um torcedor após derrota na final da Copa da França. Ele ainda ensaiou um retorno ao Barcelona, mas a transação ruiu.
A temporada que acabou em 2020 foi a que teve a menor presença do camisa 10 nos gramados: o jogador atuou apenas 27 vezes em jogos oficiais, marcando 19 gols e dando 11 assistências. A decepção veio, de fato, quando o PSG perdeu a final da Champions League para o Bayern de Munique, desencadeando o choro do jogador ainda no gramado.
O “ano” seguinte ficou marcado por novo fracasso: o time parisiense perdeu o Campeonato Francês para o Lille e encerrou uma sequência de três títulos nacionais consecutivos. Para piorar, Neymar acabou ofuscado por Mbappé, que viveu sua campanha mais artilheira na equipe — 42 gols em 47 partidas oficiais.
Na temporada 21/22, o brasileiro marcou apenas 13 gols em meio à reedição da parceria com Messi. Mesmo realizando o sonho de atuar ao lado do amigo novamente, ele não balançou as redes uma vez sequer em seis duelos de Champions League e, para piorar, enfrentou novas lesões e protestos de torcedores na própria casa.
Nos últimos meses, Neymar operou o tornozelo e ficou mais de quatro meses fora de combate. O atleta fechou a temporada encerrada em maio com 18 gols em 29 jogos e virou atleta “negociável” pela diretoria francesa.
Fonte: UOL