A onda de calor que levou os termômetros a alcançarem níveis recordes continua sobre o Brasil nesta quinta-feira (24).
🌡️ Na quarta-feira, a temperatura atingiu 32,3°C em São Paulo. Em Belo Horizonte, a marca foi de 33ºC, o dia mais quente do ano.
A onda de calor é uma massa de ar quente e seco típica desta época do ano. No entanto, os especialistas explicam que o calor extremo observado nos últimos dias não é comum e que as temperaturas aumentaram devido ao El Niño e ao aquecimento global. (Mais detalhes abaixo)
A sequência de imagens ilustra como essa onda de calor deve se movimentar até o fim de semana, resultando em uma queda de 20°C nas temperaturas.
O que podemos esperar?
Segundo os meteorologistas, a onda de calor atingiu as regiões Sudeste e Centro-Oeste, impulsionada pela frente fria que avançou pelo sul do país.
Essa frente fria vem avançando para a região sudeste do mapa até o fim de semana. Com a massa de ar frio, em São Paulo, por exemplo, a máxima deve sair de 34°C para 18°C entre quarta e domingo.
As mudanças climáticas e o calor recorde
O El Niño é uma das explicações para os dias mais quentes. Esse fenômeno aquece as águas do Oceano Pacífico, impedindo a chegada de frentes frias e, com isso, fazendo com que o inverno tenha temperaturas mais altas.
O que os especialistas explicam é que em um ano de El Niño, somado às altas temperaturas causadas pelo aquecimento global, fenômenos comuns, como a onda de calor, resultam em temperaturas muito mais elevadas do que o normal.
O movimento em si, da onda de calor, não é atípico, mas se sobrepõe a uma condição de um planeta já mais quente.
— Giovani Dolif, meteorologista do Cemaden
Fonte: G1