Equipamento do Detran.RJ facilita a identificação de peças roubadas em veículos e ferros-velhos

Chamado de Detecção Inteligente de Veículos, aparelho eletrônico permitiu que agentes da Corregedoria do departamento interditassem dois ferros-velhos

Por Otávio Fonseca

Foto: Alexandre Simonini/Detran.RJ

Um equipamento eletrônico começou a ser usado pelo Detran.RJ em suas operações de fiscalização. Chamado de Detecção Inteligente de Veículos (DIV), o aparelho ainda está em fase experimental. Ele ajuda na recuperação de veículos furtados ou roubados e na identificação de peças de procedência ilegal à venda em empresas do ramo de desmontagem de veículos e reciclagem de sucatas.

De acordo com o Detran.RJ, dois ferros-velhos em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, foram interditados graças ao DIV. Nos locais foram encontrados módulos roubados de veículos. O equipamento permitiu também a apreensão de um automóvel que circulava pelo Centro do Rio com peças roubadas. Os donos dos ferros-velhos e do carro foram detidos e levados para delegacias.

“O uso deste equipamento é importante avanço para as ações de fiscalização do Detran, aliando a tecnologia ao combate ao comércio ilegal de peças, o que vai contribuir para a diminuição da incidência de roubo e clonagem de veículos. A iniciativa também impacta na segurança do trânsito, na redução de acidentes, uma vez que o scanner é capaz de detectar falhas no sistema automotivo”, disse o presidente do Detran.RJ, Marcus Amim.

O aparelho funciona da seguinte forma: ele é conectado aos veículos e, em menos de cinco minutos, faz a leitura completa dos módulos, dos chassis e dos componentes eletrônicos, indicando se foram detectadas peças de origem suspeita. Para isso, o sistema faz um cruzamento com a base de dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) verificando, assim, números de chassis e procedência dos componentes de cada veículo.

Também é possível detectar se há adulterações em airbags, freios ABS e outros itens de segurança do veículo, para saber se são originais ou se foram reaproveitados. Esses equipamentos não podem ser revendidos por empresas de desmontagem de veículos. O DIV pode rastrear componentes de motos, caminhões, ônibus e outros veículos, permitindo também a identificação de falhas e defeitos mecânicos ou eletrônicos.

Nesta terça-feira, dois equipamentos foram usados durante operação de fiscalização no bairro do Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Carros de passeio foram submetidos ao scanner, e os resultados das inspeções saíram quase imediatamente. Desta vez, não foram detectadas peças roubadas, mas as operações continuarão.

Fonte: Extra

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