Depois de anunciar o acordo com a Caixa Econômica Federal, o Flamengo tomou posse do terreno do Gasômetro na manhã desta quinta-feira e deu mais um passo para a construção do seu sonhado estádio. O presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, assinou o documento que formalizou a propriedade em cerimônia no Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Além de Landim, participaram da cerimônia Eduardo Paes, prefeito do Rio, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva – este por chamada de vídeo. Após o ato, representantes do clube e da prefeitura do Rio foram ao terreno do Gasômetro para a entrega de uma chave simbólica.
´´ Tem alguns trâmites burocráticos para cumprir agora. Foi feito com a participação de todos agora na reunião. Agora, os próximos passos são fazer sondagens do terreno e demolir o que tem aqui. Fazer o projeto básico do terreno. Solicitar as licenças necessárias para a execução e, em paralelo, o processo executivo. A fase de licenciamento vai durar até dois anos, espero que um pouco menos do que isso, e depois o período de construção do estádio. Nossa ideia, a exemplo do que a gente tem no CT, é fazer um mastro de 50 metros de altura com um bandeirão do Flamengo´´, disse Landim ao chegar ao Gasômetro.
O mandatário rubro-negro aproveitou para reforçar a data prevista para inauguração do estádio: 15 de novembro de 2029. Landim revelou o projeto de “tijolinho virtual”, uma forma do torcedor do Flamengo participar e contribuir para a construção da casa própria.
´´Os rubro-negros lembram que foi feita uma campanha na época da construção do centro de treinamento do Flamengo que tinha o “tijolinho”. Compravam o tijolinho para fazer parte da construção. A gente está pensando em lançar o “tijolinho virtual” para o torcedor participar. Nós vamos ter painéis, durante a construção do estádio, mostrando todos aqueles que tiverem contribuindo para a construção do estádio. E, no futuro, com o estádio construído, todos os que tiverem contribuído poderão ter o nome no painel e o quanto ele contribuiu para a construção do estádio´´, comentou o presidente.
Como foi o acordo?
A assinatura da posse foi possível após Flamengo, Prefeitura do Rio de Janeiro, Advocacia-Geral da União e Caixa Econômica Federal chegarem a um acordo para encerrar a disputa judicial pelo terreno do Gasômetro. O ge apurou que o acordo costurado envolve a transferência dos Cepacs (Certificado de Potencial Adicional de Construção) do Gasômetro para outros terrenos da cidade administrados pela Caixa e uma complementação financeira para o banco que será dividida entre Flamengo e prefeitura. A parte rubro-negra será de R$ 23,9 milhões em parcelas durante cinco anos.
Como o Flamengo já havia pago R$ 138,2 milhões no leilão em julho e mais R$ 7,9 milhões após perícia judicial, com a complementação de R$ 23,9 milhões o terreno sairá ao todo por R$ 170 milhões. O processo de conciliação para o acordo vinha sendo conduzido pela Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal desde o dia 29 de agosto.
Veja os próximos passos:
Concorrência para projetos básico e executivo
As imagens do estádio e da urbanização do entorno divulgadas até agora são parte de um estudo de viabilidade técnica – chamado de projeto conceitual -, mas não servem de referência precisa para a obra. Isso quer dizer que a imagem desse anel com cobertura que você vai ver na imagem mais abaixo é quase que meramente ilustrativo.
Fonte: GE